A Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (ADU-GO) reuniu na manhã da última quarta-feira (24/01) construtores e proprietários de imobiliárias na sede do Sindicato dos Condomínios e imobiliárias (Secovi-Goiás) para um debate sobre a cidade de Goiânia. Em um encontro com a participação de empresários, empreendedores e representantes da Prefeitura, a Geopix do Brasil apresentou um estudo detalhado sobre os vazios urbanos e lotes vagos do município.
A questão da ocupação socialmente responsável dos vazios urbanos se tornou ponto importante na agenda política da administração das cidades brasileiras, desde a Constituição de 1988, ganhando ainda mais importância com o Estatuto da Cidade, em 2001. Goiânia conta com o Plano Diretor desde 2007, já tendo passado por revisões no ano passado.
A partir da fotointerpretação de imagens aéreas obtidas em 2016, somadas a informações do cadastro imobiliário do município, a Geopix mapeou detalhadamente as 16 regiões de Goiânia, concluindo que dos 366.457 lotes encontrados, 52.552 estão vagos, o que corresponde a 14,4% do total. Ainda considerando a taxa de crescimento domiciliar que a capital apresentou entre o Censo de 2000 e a PNAD de 2016, que é e 2,7% ano, estima-se que até 2022 Goiânia tenha um incremento de aproximadamente 83 mil novos domicílios.
Agora, de posse das informações, a ADU-GO inicia um processo de discussão com os setores público e privado, no objetivo de contribuir com o crescimento e a melhor organização da cidade. Os próximos passos apontam para um diálogo constante, tendo em vista que a Lei Complementar Nº 181/2008 assegura condições e requisitos para o uso e aproveitamento de lotes vagos e vazios urbanos e ainda estabelece regras para criações de novos loteamentos e condomínios na área urbana.