AGM apresenta PMAR em audiência pública

09/12/2015
foto: ACS/AGM
O evento contou com representantes da AGM, de vários municípios, da Celg, da Saneago, dos Correios e do Ministério Público Federal

O secretário-executivo da AGM, Natã Gomes, que representou a entidade na assembleia, ressaltou que a maior preocupação da diretoria da Associação era solucionar o problema dos endereços irregulares, mas de forma que não onerasse os municípios. “Queríamos oferecer uma tecnologia inovadora, mas que fosse de fácil acesso também aos pequenos municípios e os valores diferenciados democratizam esse acesso. O PMAR também vai além do endereçamento postal, ele proporciona uma arrecadação justa”, destacou Natã.

O diretor técnico da Geopix, Luiz Fernando Lozi, explicou a metodologia utilizada no PMAR. A empresa é parceira da AGM e realiza o trabalho por meio de imagens aéreas ou de satélite, com a definição de um marco zero na cidade. “Usamos o geoprocessamento para definir os endereços de forma lógica e sequencial. Dessa forma, é possível que haja desmembramento e remembramento de lotes sem nenhum prejuízo. A cidade pode continuar crescendo de forma ordenada”, afirmou.

Segundo Lozi, os dados do PMAR também podem ser utilizados em outras áreas para facilitar a gestão municipal, como na saúde, na arrecadação de impostos, na educação e na assistência social. Dessa forma, o prefeito pode ter um mapeamento completo da situação do município em todos os setores da administração municipal.

Além da AGM, também participaram da audiência pública representantes de municípios, da Celg, da Saneago, dos Correios e do Ministério Público Federal.  A procuradora da República em Goiás, Mariane Guimarães, parabenizou a AGM por “abraçar a causa” e prontamente apresentar uma forma de solucionar a questão, sem deixar de considerar as dificuldades financeiras enfrentadas pelas prefeituras.

“Queremos regularizar a vida dos carteiros, que terão mais facilidade para trabalhar, mas principalmente dos consumidores, que tendo o endereçamento completo, irão receber suas correspondências no prazo correto. Essa proposta, se render frutos, vai beneficiar toda a sociedade goiana”, destacou a procuradora.

De acordo com Mariane, o próximo passo é que as prefeituras apresentem um cronograma de trabalho para a regularização do endereçamento postal. A procuradora deu prazo até o dia 15 de janeiro para que os gestores se manifestem quanto ao diagnóstico apresentado pelos Correios e solicitou ainda que haja previsão no orçamento de 2016 para que as medidas de correção dos endereços sejam colocadas em prática.

O prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura, participou da audiência. O município foi o primeiro a implantar a metodologia do geoprocessamento para a regularização do endereço e os trabalhos já estão praticamente concluídos. Goianésia é considerado caso de sucesso e exemplo a ser seguido pelas demais cidades.

Dados da Geopix apontam que o georreferenciamento dos municípios de Bom Jardim de Goiás e Gameleira de Goiás já foi concluído. Já em Abadia de Goiás, Trindade, Baliza e Inaciolândia o trabalho está sendo feito e em fase avançada de realização.

Regularização dos endereços é reivindicação dos carteiros

Desde 2013 os trabalhadores dos Correios vêm cobrando uma solução para o problema. O secretário de Administração, Finanças e Patrimônio do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Goiás, Elizeu Pereira da Silva, explica que os carteiros lidam todos os dias com endereços incompletos, ausência de identificação nos imóveis, logradouros ou até mesmo nas correspondências e a não obediência de uma sequência lógica na numeração. “O carteiro tem que trabalhar pelo conhecimento que tem da área e não pela metodologia técnica de entrega. Se um carteiro de determina região sai de férias, aquele que vem substituí-lo não consegue efetuar as entregas porque não conhece a área da mesma forma que o colega”, ressaltou o trabalhador.

Segundo Elizeu, seria ideal que todas as ruas estivessem identificadas com nomes e números, em sequência lógica, com separação de números pares e ímpares. “Esperamos que haja comprometimento por parte dos prefeitos e vereadores. Sem o comprometimento deles é impossível resolver o problema e queremos também que o problema seja solucionado em todos os municípios do Estado, todo cidadão tem direito a isso e não somente aqueles que vivem nos municípios maiores”, defendeu o secretário.

Dados dos Correios apresentados na audiência pública apontam que um carteiro perde, em média, de 50 a 60 minutos por dia em Goiânia somente procurando endereços que são apresentados de forma irregular. Isso significa que cerca de 151 objetos deixam de ser entregues por cada profissional todos os dias na capital.

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