A Associação Goiana de Municípios (AGM) fechou também parceria com a Geopix para auxiliar na realização do endereçamento por meio do sistema de geoprocessamento. A redistribuição dos endereços está em debate desde o ano passado, quando os Correios apontaram as dificuldades trazidas pelo desordenamento existente nos municípios e lançaram uma cartilha orientativa. A AGM participou, inclusive, de reuniões no Ministério Público Federal (MPF) para discutir soluções.
Em reunião, o representante da Geopix, Luiz Fernando Lozi, apresentou a ferramenta aos assessores dos Correios, José Eudon Lira e Ana Karla Moura. O secretário-executivo da entidade, Natã Gomes, também acompanhou a apresentação.
O sistema já foi utilizado em Goianésia, um dos 27 municípios com mais de 30 mil habitantes, definidos pelos Correios como prioritários na ação. No município, o trabalho foi concluído em 90 dias. Antes da definição dos números dos imóveis, a equipe responsável pela ação fez a cartografia organizada do município, o que pode ser feito por meio de um voo ou de uma imagem de satélite. Depois disso, é possível dividir a cidade em setores, quadras e lotes.
Luiz Fernando explica que o trabalho foi feito com a definição do marco zero de Goianésia, localizado no centro geográfico da cidade, no cruzamento das avenidas Goiás e Brasil.
“Resolvemos adequar o geoprocessamento de Goianésia ao Plano Diretor de Endereçamento Postal do município. A partir do cruzamento dessas avenidas, nós distribuímos geograficamente a cidade. Todas as vias que cortam a cidade na vertical que estão acima do marco zero fazem parte do Norte e todas aquelas abaixo são integrantes do Sul. Da mesma forma, dividimos em leste e oeste as vias horizontais que estão à direita e à esquerda, respectivamente, do marco zero”, destacou Luiz Fernando.
Com essa definição, todos os nomes de logradouros do município foram alterados. “Por exemplo, temos agora a Avenida Brasil Leste e a Avenida Brasil Oeste. Com isso, o crescimento da cidade passa a ser completamente ordenado. Os números das casas agora seguem um critério métrico: partimos do marco zero e levamos em consideração também o tamanho da frente do lote. Um lado da rua segue numeração par e o outro ímpar”, informou Lozi.